O papel da experimentação na história do ensino de Física no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.28998/2175-6600.2020v12n26p36-51

Palavras-chave:

Ensino de Física, História da Educação, Experimentação, Experiência

Resumo

Neste trabalho buscamos estabelecer um panorama acerca do papel atribuído à experimentação no contexto das propostas relacionadas ao ensino de Física no Brasil. A partir dos referenciais analisados, foi possível observar as diferentes percepções acerca da utilização de atividades experimentais para o ensino das disciplinas científicas e, em especial, da Física desde o início do período republicano até as diretrizes nacionais curriculares para os cursos de formação de professores de Física. Dada a importância atribuída à utilização de atividades experimentais, foi possível concluir que compreender as etapas percorridas até o presente, em relação a esse aspecto do ensino de ciências, é de extrema relevância no sentido de contribuir para a superação de dificuldades históricas, bem como para o estabelecimento de novas diretrizes de formação de professores e de elaboração de materiais de ensino. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Filipe Pereira Faria, Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Catarinense (IFC) Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico vinculado ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense - Campus Araquari-SC, no qual ministra a disciplina de Física junto aos cursos Técnicos Integrados ao ensino Médio e as disciplinas de Física Geral (I, II e III) junto ao curso de Licenciatura em Química. Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência (FC/Unesp - Campus de Bauru). Licenciado em Física pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (FCT/UNESP - Campus de P. Prudente) e Mestre em Educação para a Ciência (FC/Unesp - Campus de Bauru). Tem experiência no ensino de Física e outras disciplinas científicas para estudantes de nível fundamental, médio e superior. Atua em Ensino, Pesquisa e Extensão na área de Ensino de Ciências com ênfase no Ensino de Física e Química, principalmente nos seguintes temas: Filosofia, História e Sociologia da Ciência no Ensino de Ciências, Epistemologia, Formação inicial e continuada de professores e Experimentação para o Ensino de Ciências.

Marcelo Carbone Carneiro, Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Realizou 02 pesquisas de Pós-Doutorado na Université de Genève - Suisse (Bolsista da FAPESP). Livre-docente em Filosofia, Doutor e Mestre em Educação (Filosofia da Educação), ambos os títulos pela UNESP. Possui licenciatura (1991) em Filosofia pela UNESP. Professor do Departamento de Ciências Humanas da FAAC ? UNESP - Bauru, onde ministra disciplinas de Filosofia e Filosofia da Ciência. Tem experiência na área de Filosofia e Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: epistemologia, educação e teoria do conhecimento e filosofia. Professor credenciado e orientador de mestrado e doutorado no programa de Pós-graduação em Educação para a Ciência - FC - Bauru. Vice-diretor (2012-2016) e atual Diretor (desde novembro de 2016) da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC) da UNESP - Bauru.

Referências

ALMEIDA JÚNIOR, J. D. A. A evolução do Ensino de Física no Brasil. Revista de Ensino de Física, v. 1, n. 2, p. 47, outubro 1979.

ALMEIDA JÚNIOR, J. D. A. A evolução do Ensino de Física no Brasil - 2ª Parte. Revista de Ensino de Física, v. 2, n. 1, p. 45-58, Fevereiro 1980.

ALVARENGA, B.; MÁXIMO, A. Curso de Física; São Paulo; Harbra, v.1, 1979.

ARAPIRACA, J. O. A USAID e a Educação Brasileira; um estudo a partir de uma abordagem crítica do capital humano. Rio de Janeiro: Instituto de Estudos Avançados em Educação - Fundação Getúlio Vargas, 1979. 273 p. Dissertação (Mestrado em Educação).

ARAÚJO, M. S. T. D.; ABIB, M. L. V. D. S. Atividades Experimentais no Ensino de Física: Diferentes Enfoques, Diferentes Finalidades. Revista Brasileira de Ensino de Física, vol. 25, no. 2, Junho, 2003, v. 25, n. 2, p. 176-194, Junho 2003.

ARRUDA, S. M.; LABURÚ, C. E. Considerações sobre a função do experimento no ensino de ciências. Ciência e Educação (UNESP), Bauru, v. 2, p. 14-24, 1996.

AXT, R. o Papel da Experimentação no Ensino de Ciências. In: MOREIRA, M. A. E. A. R. Tópicos em Ensino de Ciências. Porto Alegre: Ed. Sagra, p. 79-91, 1991.

AZEVEDO, F. (Org.). As Ciências no Brasil – Volume I e II, São Paulo: Editora Melhoramentos, 1955.

BARRA, V. M.; LORENZ, K. M. Produção de materiais didáticos de ciências no Brasll, período: 1950 a 1980. Ciência e Cultura, São Paulo, v. 38, n. 12, p. 1970 - 1983, dezembro 1986.

BORGES, T. Novos rumos para o Laboratório escolar de Ciências. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, Florianópolis, v. 19, n. 3, p. 291-313, dezembro 2002.

BRASIL. Decreto nº 63.914, de 26 de Dezembro de 1968. Câmara dos Deputados, 1968. Disponivel em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1960-1969/decreto-63914-26-dezembro-1968-405261-publicacaooriginal-1-pe.html>. Acesso em: outubro 2014.

BRASIL. Decreto nº 70.067 de 26 de Janeiro de 1972. Câmara dos Deputados, 1972. Disponivel em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1970-1979/decreto-70067-26-janeiro-1972-418584-publicacaooriginal-1-pe.html>. Acesso em: Outubro 2014.

BRASIL. Parecer CNE/CES 1.304/2001. Ministério da Educação - Conselho Nacional De Educação, 2001. Disponivel em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES1304.pdf>. Acesso em: outubro 2014.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2011. Disponivel em: <http://portal.inep.gov.br/pisa-programa-internacional-de-avaliacao-de-alunos>.

CAMPOS, E. D. S. História da Universidade de São Paulo. São Paulo: EdUSP, 1954.

CARVALHO, A. M. P. D.; GIL-PÉREZ, D. Formação de Professores de Ciências: tendências e inovações. 8ª. ed. São Paulo: Cortez Editora, 2006.

FARIA, F. P. Epistemologia e experimentos nos cadernos de física do currículo do estado de São Paulo. 2015. 120 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências, 2015. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/126482>.

FERRI, M. G.; MOTOYAMA, S. História das ciências no Brasil. São Paulo: EPU, EDUSP, 1980.

GATTI, B. A. Formação de professores no Brasil: características e problemas. Educ. Soc., Campinas, v. 31, n. 113, p. 1355-1379, out-dez 2010.

HODSON, D. Hacia un enfoque más crítico del trabajo de laboratorio. Enseñanza de las Ciencias, v. 12, n. 3, p. 299-313, 1994.

KRASILCHIK, M. Reformas e realidade: o caso do ensino das ciências. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 14, n. 1, 2000.

LABURÚ, C. E. Fundamentos para um experimento cativante. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 23, n. 3, p. 382-404, dezembro 2006.

MOREIRA, M. A. Resumos de trabalhos do Grupo de Ensino do Instituto de Física da UFRGS (1967-1977). Compilado por M.A. Moreira. Publicação interna. Instituto de Física, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1977, 63p.

NAGLE, J. Educação e sociedade na primeira República. São Paulo: EPU, 1974.

NARDI, R. Memórias da Educação em ciências no Brasil: A pesquisa em ensino de Física. Investigações em Ensino de Ciências, v. 10, n. 1, p. 63-101, 2005.

NUSSENZVEIG, H. M. Curso de Física Básica: I Mecânica. 2.ed. Edgard Blucher, 1981.

PRAIA, J.; CACHAPUZ, A.; GIL-PÉREZ, D. A hipótese e a experiência científica em educação em ciência: contributos para uma reorientação epistemológica. Ciência & Educação, BAURU - SP, v. 8, n. 2, p. 253-262, 2002.

REIS, J. C. A “história das ciências” é história: por que é preciso explicar esta tautologia? In: SILVA, F. A. D.; ÁVILA, G. D. C.; (ORGS.), P. P. S. Anais do I Encontro Nacional de Pesquisadores em História das Ciências / ENAPEHC. Belo Horizonte: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG, 2010.

RESENDE, L. A. V. D.; GONÇALVES NETO, W. Os colégios polivalentes em Minas Gerais: a experiência da escola estadual Guiomar de Freitas Costa (Uberlândia, 1971-1980). Revista de Educação Pública, Cuiabá, v. 22, n. 48, p. 127-145, jan./abr 2013.

RODRIGUES, I. G.; HAMBURGER, E. W. O “Grupo de Ensino” do IFUSP: histórico e atividades. São Paulo: Instituto de Física - Universidade de São Paulo. (Publicações), 1993.

SÃO PAULO. Lei nº 1.750, de 8 de dezembro de 1920. Assembleia legislativa do estado de São Paulo, 1920. Disponivel em: <http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1920/lei-1750-08.12.1920.html>. Acesso em: Outubro 2014.

SÃO PAULO. Decreto nº 3.356, de 31 de maio de 1921. Assembleia legislativa do estado de São Paulo, 1921. Disponivel em: <http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/1921/decreto-3356-31.05.1921.html>. Acesso em: outubro 2014.

TEIXEIRA, W. D. S. A instrução pública em São Paulo: do Império à República. Revista Alpha, v. 13, p. 97‐103, 2012.

WEREBE, M. J. G. Grandezas e Misérias do Ensino Brasileiro. Difusão Europeia do Livro, São Paulo, 1963. 246 págs.

Downloads

Publicado

2020-04-06

Como Citar

FARIA, Filipe Pereira; CARNEIRO, Marcelo Carbone. O papel da experimentação na história do ensino de Física no Brasil. Debates em Educação, [S. l.], v. 12, n. 26, p. 36–51, 2020. DOI: 10.28998/2175-6600.2020v12n26p36-51. Disponível em: https://www.seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/6907. Acesso em: 15 out. 2024.

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

<< < 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.