Os “turistas moradores” no Complexo Arquitetônico da Pampulha em Belo Horizonte: experiência mediada pelo design e a arquitetura
Palavras-chave:
Turismo, Design, Arquitetura, PampulhaResumo
Resumo:
O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre a Pampulha e alguns de seus espaços – Casa do Baile, Museu de Arte e Casa JK – ; os dois primeiros da década de 1940 e a Casa JK inaugurada como Museu em 2013. Esses espaços foram escolhidos como locais turísticos em Belo Horizonte e onde pode ser possível experimentar e interagir com o design e a arquitetura ali presentes. A ideia é pensar o turismo como uma atividade realizada pelos próprios citadinos que não se exaure na presença aos locais considerados turísticos, mas para além da presença possibilita a fruição de produtos não necessariamente materiais que ali se inscrevem, pois os seus sentidos, significados também se irrompem nessa experiência. A questão que tem norteado a investigação refere-se ao fato de que esse espaço turístico de Belo Horizonte rico em produtos arquitetônicos e de design, é pouco experimentado pelos cidadãos belorizontinos que encontram empecilhos que vão desde a dificuldade de acesso até o desconhecimento dos locais e das atividades que são ali realizadas. Nossa hipótese é que a interface dos cidadãos com esse espaço da cidade a partir da experiência do turismo se limita a determinados grupos sociais de Belo Horizonte que detêm um repertório cultural e simbólico que está atento às atividades que ali se realizam e pelo que representam e significam na cidade, bem como pela presença da arquitetura e do design. Isso ao mesmo tempo que atrai os turistas moradores de grupos sociais com capital cultural, intimida outros habitantes que não são detentores desse capital. Dessa forma, a não experiência com a arquitetura e o design via turismo na própria cidade não acontece e não é fruída por todos os grupos sociais.
Palavras-Chave: Pampulha. Turismo. Design. Arquitetura.
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