Gonadectomia Profilática e Síndrome de Turner: uma indicação questionável

Autores

  • Gabriela Maria de Andrade Correia Universidade Federal de Alagoas
  • Débora de Paula Michelatto Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Alagoas
  • Reginaldo José Petroli Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Alagoas

DOI:

https://doi.org/10.28998/rpss.v8iunico.17622

Resumo

Introdução: A ST é uma cromossomopatia relacionada a alterações numéricas e/ou estruturais no cromossomo X, com prevalência mundial de 1:2.500 nascidos vivos. Devido as anormalidades da organogênese das gônadas, os ricos de desenvolvimento de tumores gonadais é agravado pela presença de cromossomo Y. Para tanto, a gonadectomia profilática é indicada, apesar das controversas. Objetivo: Desse modo, foi realizada uma revisão integrativa da literatura (RI) buscando responder se a gonadectomia profilática é indica para todos os casos de ST. Métodos: Usando os descritores TURNER SYNDROME, Y CHROMOSOME E GONADECTOMY nas bases de dados PubMed, BVS, Periódicos CAPES e EMBASE, a RI foi realizada seguindo as diretrizes do PROSPERO para revisão sistemática. Resultados: Dos 457 artigos, 9 foram elegíveis (55,56 % do PubMed, 33,33% do EMBASE e 11,11% do BVS). Conclusão: o desafio de estabelecer um protocolo unificado para o manejo e acompanhamento de casos de ST, particularmente em relação à gonadectomia preventiva, persiste diante das controvérsias presentes na literatura atual. Sendo assim, a revisão sistemática integrativa emerge como uma ferramenta orientadora, fornecendo parâmetros para uma abordagem diferenciada por meio da análise abrangente de dados específicos. A presença de cromossomo Y, embora associada a riscos, também demonstra benefícios na resposta ao tratamento hormonal, sugerindo que a realização da cirurgia não é indicada para todos os casos de ST.

Palavras-chave: Síndrome de Turner; Gonadectomia; Cromossomo Y

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Biografia do Autor

Débora de Paula Michelatto, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Alagoas

Professora adjunta da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (FAMED-UFAL). Possui graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas (2011) e doutorado em Genética e Biologia Molecular, ambos pela Universidade Estadual de Campinas (2016), com período de doutorado-sanduíche no Karolinska Instituted - Estocolmo, Suécia. Tem experiência na área de Genética, com ênfase em Genética Humana e Médica, atuando no estudo etiológico dos Distúrbios da Diferenciação Sexual (DDS) e câncer hereditário. É membro do grupo de pesquisa "Estudos interdisciplinares em Anomalias Congênitas e Doenças Raras (iCARDS Interdisciplinary Congenital Anomalies and Rare Disease Studies)".

Reginaldo José Petroli, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Alagoas

Professor Adjunto vinculado à Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas da UFAL. Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade São Francisco, mestre e doutor em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Estadual de Campinas. Tem experiência na área de Genética, com ênfase em Genética Humana, tem como principal linha de atuação os Distúrbios da Diferenciação do Sexo (DDS). Mantém estudos colaborativos com pesquisadores do Instituto de Psicologia da UFAL, do Departamento de Genética Médica e do Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética da Universidade Estadual de Campinas e Universidade de São Paulo.

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Publicado

2025-07-03

Como Citar

Andrade Correia, G. M. de, Michelatto, D. de P., & Petroli, R. J. (2025). Gonadectomia Profilática e Síndrome de Turner: uma indicação questionável. Revista Portal: Saúde E Sociedade, 8(unico). https://doi.org/10.28998/rpss.v8iunico.17622

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