Turismo Sexual

Aspectos simbólicos sobre o processo de territorialização do agenciamentos dos corpos na Vila das Garotas

Autores

  • Juliana Maria Vaz Pimentel Universidade Estadual Paulista (UNESP)
  • Leonardo Giovane Moreira-Gonçalves Universidade de São Paulo (USP)

Palavras-chave:

turismo sexual, territorização, comércio sexual, agenciamento dos corpos, vila das garotas

Resumo

O objetivo da presente discussão visa demonstrar quais são as condicionantes que engendram a instituição dos territórios do comércio sexual no município de Rosana (São Paulo) e como ocorre o agenciamento dos corpos envolvidos nessa atividade. O ponto central para a compreensão dos territórios e territorialidades da prostituição se dá mediante as narrativas de moradores, garotas de programa, proprietárias das casas de entretenimento noturno e turistas, por serem esses os sujeitos que se deparam diariamente com as circunstâncias “ocultadas” pela dinâmica do “turismo sexual” travestido de “turismo de pesca”. A cidade de Rosana, situada no extremo oeste do estado de São Paulo, estruturou-se após a construção de duas Usinas Hidrelétricas na década de 1980, que se tornaram expoentes geradoras de emprego não só para os munícipes rosanenses como também para milhares de trabalhadores que chegaram à cidade. Porém, com o término das obras, muitos chefes de família ficaram desempregados, desencadeando, assim, uma forte crise econômica no município. Com a falta de emprego muitos moradores inseriram-se no mercado informal, desenvolvendo atividades ligadas ao turismo. Por Rosana localizar-se em uma área geográfica contemplada pela confluência dos rios Paraná e Paranapanema, o turismo de pesca ganhou expansão e hoje são muitos os moradores que sobrevivem das “redes de lucratividades”, geradas indiretamente através do turismo sexual. Com a abertura da pesca em todo primeiro de março, essa prática ganha notoriedade tanto pelo número de mulheres que chegam às casas de entretenimento noturno quanto pela quantidade de turistas que circulam na cidade à procura de ranchos, pousadas e entretenimento sexual, alterando, assim, o ritmo pacato da cidade e dinamizando a economia dos setores comerciais formais e informais, dentre os quais o turismo sexual, temática sobre a qual discorre este trabalho.

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Biografia do Autor

Juliana Maria Vaz Pimentel, Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Doutora em Geografia, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Mestre em Geografia pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Graduada em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP)

Leonardo Giovane Moreira-Gonçalves, Universidade de São Paulo (USP)

Mestrando Interunidades em Museologia PPGMus-USP
Bacharel em Turismo-UNESP
Tecnólogo em Hospedagem-ETEC
Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas do Turismo no Espaço Rural-GEPTER

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Publicado

16-10-2021

Como Citar

Pimentel, J. M. V., & Moreira-Gonçalves, L. G. (2021). Turismo Sexual: Aspectos simbólicos sobre o processo de territorialização do agenciamentos dos corpos na Vila das Garotas. RITUR - Revista Iberoamericana De Turismo, 11, 93–118. Recuperado de https://www.seer.ufal.br/index.php/ritur/article/view/12759

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