Paulo Henriques Britto: uma poética do cliché

Autores

  • Eduardo da Silva Forgiarini

DOI:

https://doi.org/10.28998/2317-9945.202171.97-107

Resumo

Uma poesia que fale do nada e do tudo ao mesmo tempo; da negação e aceitação; que apresente uma lucidez tardia (SILVA, 2010). É esta a obra de Paulo Henriques Britto, aqui tomada com a base teórica do pensamento de Areal (2011) e Brayner (2014), que se esforçam na tentativa de estabelecer um manifesto em torno do cliché e torná-lo defensável. Conforme veremos, poetas como Britto têm em muito a se beneficiar de um entendimento mais amplo e menos carregado de pré-julgamentos sobre o cliché. Isso porque a tese que norteia este artigo é a de que não só Paulo Henriques Britto se pretende cliché no seu Nenhum mistério (e em toda a sua obra, por que não?), como fá-lo justamente no fito de movimentar um pouco esse lago da poesia contemporânea brasileira, como uma singela pedra, lançada pela mão de uma criança, que arrebenta a camada concreta da superfície. É, assim, de uma consciência ingênua (BRAYNER, 2014) que estamos falando.

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Publicado

2021-12-30

Como Citar

FORGIARINI, Eduardo da Silva. Paulo Henriques Britto: uma poética do cliché. Revista Leitura, [S. l.], n. 71, p. 97–107, 2021. DOI: 10.28998/2317-9945.202171.97-107. Disponível em: https://www.seer.ufal.br/index.php/revistaleitura/article/view/12804. Acesso em: 15 out. 2024.

Edição

Seção

Estudos Literários