Entretempos de Pivetes

quando a miséria é língua comum entre as cidades

Autores

  • Eduarda Nogueira Vieira Universidade Federal de Juiz de Fora/ Mestranda
  • Rosemere Santos Maia UFRJ/UFJF

DOI:

https://doi.org/10.28998/lte.2022.n.1.13139

Palavras-chave:

Espaço Urbano, Crianças, Segregação, Desigualdades, Literatura

Resumo

O esforço deste ensaio consiste em discutir as várias temporalidades e espacialidades urbanas, bem como as desigualdades e processos de segregação que se apresentam nas cidades, utilizando a literatura - em especial dos romances Oliver Twist, de Charles Dickens, e Capitães da Areia, de Jorge Amado. Nas duas obras, os protagonistas são lançados a condições de miséria e abandono - o que denota como tais situações sempre estiveram presentes no cenário urbano, independentemente da época ou lugar. Nossa crítica desenvolve-se à medida que transitamos entre a literatura, a teoria e algumas referências empíricas, sendo possível demonstrar que, na realidade, entre esses sujeitos (os ditos “pivetes” ou “menores”), há uma linguagem comum: a miséria. Linguagem esta que é fruto de um espaço geográfico que segrega, individualiza e discrimina seus sujeitos. Linguagem construída sobre o sentimento de não pertencimento e rejeição, mas que também leva a táticas de resistência e sobrevivência em um ambiente que se revela tão hostil para muitos.

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Publicado

2022-09-22

Como Citar

NOGUEIRA VIEIRA, Eduarda; SANTOS MAIA, Rosemere. Entretempos de Pivetes: quando a miséria é língua comum entre as cidades. Latitude, Maceió-AL, Brasil, v. 16, n. 1, p. 136–163, 2022. DOI: 10.28998/lte.2022.n.1.13139. Disponível em: https://www.seer.ufal.br/index.php/latitude/article/view/13139. Acesso em: 10 out. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Cidade "(re)vestida"

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