Quando as leituras fazem falta - a propósito da escrita científica de pós-graduandos
DOI:
https://doi.org/10.28998/2175-6600.2020v12n28p312-330Palavras-chave:
Repertório de leituras. Escrita de pesquisa. Pós-graduação.Resumo
Propondo-nos a investigar a apropriação de leituras na escrita de textos de estudantes de pós-graduação, interessa-nos problematizar como a escrita científica de mestrandos e doutorandos se revela afetada pelas limitações em relação ao repertório de leituras acionado. Neste artigo em particular, nossa intenção é sustentar como um repertório de leituras mais restrito pode comprometer a profundidade e a consistência teórica do texto científico. Para darmos conta desse empreendimento, tomamos como respaldo teórico reflexões e trabalhos que compreendem a leitura e a escrita sob uma perspectiva enunciativo-discursiva de linguagem e realizamos um estudo de natureza interpretativa de um conjunto de textos produzidos por estudantes de pós-graduação stricto sensu. Os resultados apontam dificuldades dos estudantes de pós-graduação do contexto investigado em relação aos modos de apropriação de leituras e à sinalização de fontes consultadas/lidas. O estudo demonstra, portanto, que as poucas leituras realizadas e/ou sinalizadas pelos estudantes afetam significativamente os textos científicos que eles produzem quanto à consistência e profundidade teórica.
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