Memórias e utopias em movimento
percursos formativos e o constituir-se professor
DOI:
https://doi.org/10.28998/2175-6600.2025v17n39pe18871Palavras-chave:
Formação de Professores, Memórias, ProfessoralidadeResumo
Nesta escritura objetivo narrar e narrar-me, por meio de memórias de vida e formação que compõe saberes na/da experiência para um constituir-se professor, possível. Para essa compreensão, assumo que utopias são necessárias à experiência de ser, no movimento de tornar-se, próprio da ideia de professoralidade como acontecimento, posto que o constituir-se professor(a) é contingente. Assim, movimento os saberes da experiência tal qual proposto por Larrosa (2016; 2017), para o diálogo com os estudos sobre histórias de vida (Souza, 2007; 2011), memória e formação de professores (Sá, 2010; 2011) e narrativas de vida-formação (Josso, 2004) entre outros(as); para encontrar na ideia de professoralidade (Pereira, 2016) e de utopias e formação de professores (Santos Junior, 2022) um trânsito teórico capaz de compor conceitos, sentidos e ideias sobre formação e o constituir-se professor. Por essas opções teórico-estéticas, no campo da pesquisa qualitativa do tipo narrativa (auto)biográfica, compreendo-me no percurso das inquietações que interrogam sobre o ser professor(a), aberto aos acontecimentos e discursos descritos nos memoriais e narrativas produzidas por estudantes de Pedagogia da Universidade Federal de Alagoas, no Campus Arapiraca. Ao descrever-me, reverberam interpretações sobre ser, de um “si mesmo” em relação ao outro, numa composição de vozes que se manifestam na descrição desta professoralidade em formação.
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