“Que horas a gente sai professor/a?”
tornar-se docente nos emaranhados da vida
DOI:
https://doi.org/10.28998/2175-6600.2025v17n39pe18713Parole chiave:
Formação de Professores, Educação Universitária, Educação EscolarAbstract
Este texto é tecido ao modo de um ensaio e busca alinhavar reflexões teóricas acerca dos processos que permeiam o tornar-se professor/a nos emaranhados da vida. Assim, articula-se pensamentos e escritas acerca da formação docente que acontece nos caminhos vividos, nas experiências, nas experimentações do/pelo/com o mundo, nas problematizações e na busca por caminhos possíveis. Inicialmente, situa-se o viver no Antropoceno como um período marcado por um mundo em ruínas, questionando quais são os papéis de educar e tornar-se professor/a nestes tempos. Em seguida, as dimensões das experiências e experimentações são trazidas ao texto, ligando-as com as vivências dos/as licenciandos/as na sua formação enquanto futuros/as professores/as em espaços de re-torno e re-encontro com as escolas, como no PIBID, na Residência Pedagógica e nos estágios supervisionados. São tangenciados atritos, tensões e disputas que permeiam a educação escolar, a formação de professores/as e a sua atuação. Por fim, apresenta-se o conceito de inédito viável como caminho possível para articular ativamente na transformação de um mundo ferido e de uma educação/formação capturada pelas tramas do sistema capitalista neoliberal.
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