A implantação do programa de educação permanente em saúde: uma contribuição para o fortalecimento do SUS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.28998/2175-6600.2020v12n26p97-108

Palavras-chave:

Educação permanente. Administração dos serviços de saúde. Encaminhamento e consulta

Resumo

A Educação Permanente em Saúde (EPS) permite a reflexão do processo de trabalho, atuando como uma importante estratégia de transformação da realidade laboral. Com intuito de fortalecer o trabalho em rede do SUS, essa pesquisa tem como objetivo relatar a experiência de implantação do Programa de Educação Permanente em Saúde no município de Itaperuna/RJ, que visa contribuir para a reorganização do sistema de regulação de consultas especializadas neste município. Percorreu-se quatro etapas para a implementação do programa. Emergiu-se em duas reflexões: Educação Permanente em Saúde: uma estratégia necessária à gestão e Fatores positivos e negativos detectados na implantação do Programa de Educação Permanente em Saúde. Percebe-se que através da implantação do programa houve o fortalecimento do comprometimento coletivo, com mudança de atitude dos profissionais, favorecendo uma postura humilde, responsável, comprometida, crítica, reflexiva, proativa de todos, com avanço no Sistema Único de Saúde local.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Kelly Gomes Messias Andrade, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Possui Bacharelado em Enfermagem pela Universidade Iguaçu (2007), Pós graduação em Enfermagem do Trabalho pela Universidade Nova Iguaçu (2010) e Acupuntura pelo Instituto Superior de Ciências da Saúde (2016). Atuou como enfermeira voluntária na Frente de Combate ao Câncer em 2017 e 2018. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, atuando principalmente nos seguintes temas: estratégia saúde da família, enfermagem, educação e saúde mental. Mestrado em Educação em Saúde pela Universidade Federal Fluminense (2019). Pós graduação em Docência do Ensino Superior pelo Centro Universitário Redentor (2019). É graduanda em Teologia pelo Centro Universitário Filadélfia. Atualmente coordena o Programa de Educação Permanente em Saúde na Secretaria Municipal de Saúde em Itaperuna, atua como Professora no Centro Universitário Redentor, atua em curso técnico em Radiologia e na graduação de Enfermagem e Medicina.

Elaine Antunes Cortez, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Possui Graduação em Enfermagem e Licenciatura em Enfermagem pela Universidade Federal Fluminense (2000), Especialização em Saúde da Família/ Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2004). Fez residência em Saúde Pública pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (2003) e Ativação dos Processos de Mudança na Formação do Profissional de Saúde pela FIOCRUZ (2006). Mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (2005). É doutora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2009). Pós- Doutorado na Universidade do Porto (Portugal) na área de saúde mental.Tem experiência na área de Saúde Coletiva, atuando principalmente nos seguintes temas: estratégia saúde da família, enfermagem, educação, saúde do trabalhador e saúde mental. Presidente da Associação Brasileira de Enfermagem- Regional Niterói. . Atualmente é professora Associada da Universidade Federal Fluminense, atua na graduação, pós-graduação em Enfermagem do Trabalho, residência em enfermagem em saúde coletiva (UFF) e enfermagem obstétrica (UFF).no Mestrado Profissional Ensino na Saúde (MPES).Coordenadora do MPES. Integrante do CSA (Centro de Suporte Acadêmico) na UFF. Consultora adhoc das seguintes revistas: Revista Portuguesa de enfermagem de Saúde Mental, Revista Presencia de Salud Mental - Barcelona ? ES, OBJN, Revista científica de enfermagem, Revista Brasileira de Docência, Ensino e Pesquisa em Enfermagem, Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental, Revista de Enfermagem UFPE On line e Revista Pró-Universus. Membro em bancas de projeto, qualificação e defesa em diversas universidades no Brasil. Líder do Núcleo de Pesquisa em Trabalho, Saúde e Educação. Membro efetivo do CINTESIS-Centro de Investigação em Enfermagem em Saúde Mental que engloba pesquisadores do Brasil, Portugal e Espanha.

Audrey Vidal Pereira, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Enfermeiro graduado pela Universidade Federal Fluminense (1998). Especialista em Enfermagem Obstétrica pela Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da UFF (2001) e Gestão em Saúde da Família pela Faculdade de Enfermagem e Instituto de Medicina Social da UERJ. Mestre em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (2006) e Doutor em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (2013) . Atualmente está como pesquisador e professor Adjunto na Escola de Enfermagem da Universidade Federal Fluminense. Tem experiência nas áreas de Saúde da Mulher / Enfermagem Obstétrica e Saúde Coletiva / Estratégia de Saúde da Família. Tem atuado em áreas de investigação com os seguintes temas: saúde da mulher, pré-natal, parto/nascimento, puerperio, gênero, vulnerabilidades, educação e trabalho/atividade profissional no âmbito da saúde.

Jessika Afonso Castro, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Bacharel em Enfermagem pela Universidade Federal de Viçosa (2013). Mestranda do curso de Mestrado profissional em ensino da saúde pela UFF (Início 2017). Especialista em Saúde da Família pela Universidade de Brasília (Unb) no ano de 2015. Atualmente é servidora Pública do Instituto Federal do Rio de Janeiro, no cargo de enfermeira. Tem como área de atuação: Saúde Coletiva; Saúde da Família e Gestão Pública.

Referências

BATISTA, Karina Barros Calife; GONÇALVES, Otília Simões Janeiro. Formação dos profissionais de saúde para o SUS: significado e cuidado. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 20, n. 4, p. 884-899, jan. 2011. ISSN 1984-0470. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/29725. Acesso em: 20 out. 2018.

BERBEL, Neusi Aparecida Navas. Metodologia da Problematização no Ensino Superior e sua contribuição para o plano da praxis. Semina: v.17, n. esp., p.7-17, 1996.

BERTUSSI, D. Caminhos para a educação permanente. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2004.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Cartilha ABC do SUS: Doutrinas e Princípios, 1990.

BRASIL. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Curso de formação de facilitadores de educação permanente em práticas de saúde: unidade de aprendizagem – análise do contexto da gestão e das práticas de saúde. Ministério da Saúde. Rio de Janeiro: Ministério da Saúde/FIOCRZ; 2005.

BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Legislação estruturante do SUS. Brasília, DF, 2007a. (Coleção Progestores - Para entender a Gestão do SUS, 12).

BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Sistema Único de Saúde. Brasília, DF, 2007c. (Coleção Progestores - Para entender a Gestão do SUS, 1).

BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação em Saúde. Brasília. 2009.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Subsecretaria de Assuntos Administrativos. SUS: a saúde do Brasil / Ministério da Saúde, Secretaria-Executiva, Subsecretaria de Assuntos Administrativos. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2011. 36 p.: il. color. – (Série F. Comunicação e Educação em Saúde)

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Acolhimento à demanda espontânea: queixas mais comuns na Atenção Básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 290 p. : il. – (Cadernos de Atenção Básica n. 28, Volume II).

BRASILIA. Ministério da Saúde. Educação Permanente em Saúde. Reconhecer a produção local de cotidianos de saúde e ativar práticas colaborativas de aprendizagem e de entrelaçamento de saberes. Maio – SGTES – OS 0314/2014 – Editora MS. Brasília, DF. 2014.

BRASÍLIA. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Ciência e Tecnologia. Agenda de Prioridades de Pesquisa do Ministério da Saúde - APPMS [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Ciência e Tecnologia. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018.

BORDENAVE, Juan Diáz; PEREIRA, Adair Martins. Estratégias de ensino-aprendizagem. 25a ed. Rio de Janeiro: Vozes; 2004.

CAMPOS, Kátia Ferreira Costa; SENA, Roseni Rosângela de; SILVA, Kênia Lara. Educação permanente nos serviços de saúde. Esc Anna Nery [Internet]. 2017 [cited 2017 Nov 20];21(4):1-10. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ean/v21n4/pt_141 4-8145-ean-2177-9465-EAN-2016-0317.pdf. Acesso em 10 de jul. de 2018.

CECCIM Ricardo Burg; FEUERWERKER, Laura CM 2004. O quadrilátero da formação para a área da saúde : ensino, gestão, a tenção e controle 174 Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 13, n. 1, p. 165-174, 2015 social . Physis: Rev. de Saúde Coletiva 14(1):41-65.

CECCIM, Ricardo Burg. Educação permanente em saúde: desafio ambicioso e necessá rio. Interface – Comunic, Saúde, Educ. 2005.9(16):161-168.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. 165 p.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. Editora: Paz e Terra. 2011

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Bibliografia brasileira de ciência da informação. Censo demográfico, 2010. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil acesso em 15 de out. 2018.

MENDES, Eugênio Vilaça. As redes de atenção à saúde. Belo Horizonte: Escola de Saúde Pública; 2012.

PINTO, Luiz Felipe; SORANZ, Daniel; SCARDUA, Mariana Tomasi; SILVA, Iandara de Moura. A regulação municipal ambulatorial de serviços do Sistema Único de Saúde no Rio de Janeiro: avanços, limites e desafios. Ciência & Saúde Coletiva, 22(4):1257-1267, 2017.

RICALDONI CAC, SENA RR. Permanent education: a tool to think and act in nursing work. Rev Latino Am-Enferm [Internet]. 2006.

SANTOS AM, NÓBREGA, IKS, ASSIS MMA, JESUS SR, KOCHERGIN CN, BISPO JÚNIOR JP, et al. Desafios à gestão do trabalho e educação permanente em saúde para a produção do cuidado na estratégia saúde da família. Rev APS [Internet]. 2015 jan/mar [cited 2017 Mar 20]; 18(1):39-49. Available from: https://aps.ufjf.emnuvens.com.br/aps/ article/view/2320/857

SARRETA, FO. Educação permanente em saúde para os trabalhadores do SUS [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. 248 p. ISBN 978-85-7983-009-9. Available from SciELO Books <http://books.scielo.org>.

NOGUEIRA, L. C. L. Gerenciando pela qualidade total na saúde. Belo Horizonte: Desenvolvimento Gerencial, 2003.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). World Health Report: 2006: Working Together for Health Geneva: WHO; 2006. Vol 19.

Downloads

Publicado

2020-04-06

Como Citar

ANDRADE, Kelly Gomes Messias; CORTEZ, Elaine Antunes; PEREIRA, Audrey Vidal; CASTRO, Jessika Afonso. A implantação do programa de educação permanente em saúde: uma contribuição para o fortalecimento do SUS. Debates em Educação, [S. l.], v. 12, n. 26, p. 97–108, 2020. DOI: 10.28998/2175-6600.2020v12n26p97-108. Disponível em: https://www.seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/8034. Acesso em: 2 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.